Mas o que é Placa Bacteriana?
A placa bacteriana pode ser definida como sendo um depósito denso de microorganismos aderidos em diversas superfícies do elemento dentário, que não são removidos pela ação natural de lavagem pela saliva, pela mastigação de alimentos duros ou por jatos de ar. A placa só é removida mecanicamente através da escovação ou através de substâncias químicas.
É uma película incolor, aderente e não mineralizada, composta por bactérias, proteínas salivares, polissacarídeos, células descamadas e glóbulos brancos, que se agarram adesivamente à superfície dos dentes, tecidos da gengiva, próteses dentárias e outras zonas da boca. Os restos alimentares constituem o substrato nutritivo das bactérias desta placa.
O biofilme, normalmente se forma próximo ao terço cervical da coroa (parte mais próxima da gengiva). Nas áreas denominadas de auto limpeza onde os movimentos da língua, bochecha e lábios, e também devido ao contato de alimentos mais fibrosos, a formação da placa é dificultada devido ao atrito constante. A placa bacteriana pode ser classificada em dois grandes grupos: placa sub gengival (abaixo do nível da gengiva) e placa supragengival (acima do nível da gengiva), podendo ser considerada visível quando é observada a olho nu, sem a necessidade de nenhum recurso adicional. Quando não visível é necessário a utilização de evidenciadores de placa (corantes) para que se possa visualizá-la de uma maneira mais adequada. A subgengival possui uma aderência menos pronunciada podendo causar gengivite e periodontite, enquanto a supragengival está firmemente aderida à superfície dentária podendo causar cárie e gengivite. Normalmente a placa visível é espessa e encontra-se depositada na região por diversos dias, normalmente entre a inserção da gengiva e o dente. Quando possui características de glóbulos e apresenta-se viscosa, está relacionada à cárie. Pode-se definir que a prevenção tanto da doença periodontal como da cárie reside essencialmente no controle da placa bacteriana .
Segundo LÖE et al. em 1965, a placa bacteriana quando em seu estágio final tem o potencial de desencadear o aparecimento da gengivite, mas, com a simples remoção da placa nessa fase pode ocasionar uma reversão no processo inflamatório da gengiva voltando ao seu estado de saúde inicial.